quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Educação Não - Formal: o mundo por trás das teorias

Por muito tempo a crença de que a escola era o único lugar onde o aprendizado acontecia ocupou a mente de muitos. Quem nunca ouviu dos mais velhos o indispensável clichê " Vai pra escola, menino, aprender alguma coisa para ser alguém na vida". Pois bem, aqueles que seguiram os sábios conselhos dos mais velhos, certamente possuíram a oportunidade de descobrir que o aprendizado não está condicionado apenas a escola, mas ultrapassa os seus muros.
Nós, humanos, possuímos o universo como a  maior e mais completa sala de aula que se pode existir. As relações interpessoais, a natureza, a arquitetura, a música, a pintura, - bens universais-, são poços de informações que muito nos ensinam.
Um homem educado não é aquele que domina inúmeras línguas ou as teorias que se aprende no ambiente escolar, mas é aquele que consegue entender e respeitar as diferenças. Para tanto, é preciso que no processo educacional do indivíduo, haja contato com as diversas realidades para que ele cresça entendendo que as particularidades de outrem precisam ser respeitadas. Para além disso, apresentar aos educandos um cenário vivo de conhecimento é importante, pois estimula no aluno a curiosidade e o desejo ardente de aprendizado. Nesse contexto, os espaços educativos não-formais têm sido aliados dos educadores como lugares alternativos de aprendizagem, por serem memórias vivas e aproximarem as teorias e o passado das práticas e da realidade.
Os museus, os teatros, os zoológicos, os parques de exposições, por exemplo, são espaços não- formais que agregam no processo de formação do aluno. Tais ambientes, por possuírem elementos visuais e em alguns casos audiovisuais, instigam a vontade de descobrir o mundo que vai além das teorias. Essa descoberta, proporcionada pelo contato do educando com o real, desenvolve nos envolvidos o sentimento de respeito , tolerância e preservação,  já que maior parte desses ambientes possuem ideais culturais ou ambientalistas. Além disso, a educação não- formal é uma mecanismo que evita que o aprendizado formal deixe de ser prazeroso e passe a ser uma rotina enfadonha.
As relações interpessoais, como exemplo de educação informal, se mostra, entre outras, como transmissora de valores. Estamos em constante aprendizado com o próximo, o outro sempre tem algo a nos ensinar, vezes para o bem, vezes para o mal, mas ainda assim ensinam. Notem a força que possuímos enquanto seres que contribuem na formação dos valores e do caráter do próximo:
Enquanto educadores, precisamos ser exemplos, precisamos entender que somos a educação informal e fazemos parte dela. Felizmente ouvi o conselho dos mais velhos e fui à escola, não somente para aprender as teorias lá ensinadas, mas para descobrir que fora dela também se aprende. A educação não- formal pode não alfabetizar o homem, mas o ensina a pensar e, sobretudo, a ser mais humano. Esses são os verdadeiros desafios da educação. 

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