quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Diversidade

Na aula de hoje, enquanto os debates aconteciam, eu pensava em uma forma diferente de registrá-la no diário. Os debates começaram, polemizaram, terminaram e nenhuma ideia legal surgiu. Realmente não foi meu dia de ideias mirabolantes. Cheguei em casa, liguei o computador e, é claro, fui checar os comentários no facebook que para minha surpresa, me deu um diário prontinho. 
Falamos hoje do "eu e o outro compartilhando diferenças, construindo identidades". Pois bem, vejam que curioso, ou melhor, que feioso esse compartilhamento. 

"Aconteceu na Tam, pessoal, é verídico !!! Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro. Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo. - Qual o problema, senhora? - pergunta a comissária... - Não está vendo? - respondeu a senhora; vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira. - Por favor, acalme-se - disse a aeromoça; infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível. A comissária se afasta e volta alguns minutos depois. - Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira classe. E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua: - Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável. E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu: - Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe.. E todos os passageiros próximos, que, estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé."

Chocante, né?! Eu também achei. Não posso afirmar a autenticidade desse acontecimento, mas independente disso, achei interessante traçar um paralelo entre o exposto e o nosso bate-papo de hoje. 
Como aprendido neste dia, somos frutos das relações interpessoais, necessitamos do convívio social para nos educarmos mutuamente.Precisamos do contato com as diferenças para que nos tornemos respeitadores, tolerantes, livres de preconceitos. Infelizmente o texto compartilhado aborda em alguns momentos o contrário do que deveria ser valor de todo ser humano mas que egoísmos e hierarquias impostas extinguem das práticas sociais. Enquanto aspirantes a educadores e principalmente como seres humanos, precisamos mediar um convívio harmônico entre nós, pois as ações de hoje refletirão nosso amanhã.   

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Educação Não - Formal: o mundo por trás das teorias

Por muito tempo a crença de que a escola era o único lugar onde o aprendizado acontecia ocupou a mente de muitos. Quem nunca ouviu dos mais velhos o indispensável clichê " Vai pra escola, menino, aprender alguma coisa para ser alguém na vida". Pois bem, aqueles que seguiram os sábios conselhos dos mais velhos, certamente possuíram a oportunidade de descobrir que o aprendizado não está condicionado apenas a escola, mas ultrapassa os seus muros.
Nós, humanos, possuímos o universo como a  maior e mais completa sala de aula que se pode existir. As relações interpessoais, a natureza, a arquitetura, a música, a pintura, - bens universais-, são poços de informações que muito nos ensinam.
Um homem educado não é aquele que domina inúmeras línguas ou as teorias que se aprende no ambiente escolar, mas é aquele que consegue entender e respeitar as diferenças. Para tanto, é preciso que no processo educacional do indivíduo, haja contato com as diversas realidades para que ele cresça entendendo que as particularidades de outrem precisam ser respeitadas. Para além disso, apresentar aos educandos um cenário vivo de conhecimento é importante, pois estimula no aluno a curiosidade e o desejo ardente de aprendizado. Nesse contexto, os espaços educativos não-formais têm sido aliados dos educadores como lugares alternativos de aprendizagem, por serem memórias vivas e aproximarem as teorias e o passado das práticas e da realidade.
Os museus, os teatros, os zoológicos, os parques de exposições, por exemplo, são espaços não- formais que agregam no processo de formação do aluno. Tais ambientes, por possuírem elementos visuais e em alguns casos audiovisuais, instigam a vontade de descobrir o mundo que vai além das teorias. Essa descoberta, proporcionada pelo contato do educando com o real, desenvolve nos envolvidos o sentimento de respeito , tolerância e preservação,  já que maior parte desses ambientes possuem ideais culturais ou ambientalistas. Além disso, a educação não- formal é uma mecanismo que evita que o aprendizado formal deixe de ser prazeroso e passe a ser uma rotina enfadonha.
As relações interpessoais, como exemplo de educação informal, se mostra, entre outras, como transmissora de valores. Estamos em constante aprendizado com o próximo, o outro sempre tem algo a nos ensinar, vezes para o bem, vezes para o mal, mas ainda assim ensinam. Notem a força que possuímos enquanto seres que contribuem na formação dos valores e do caráter do próximo:
Enquanto educadores, precisamos ser exemplos, precisamos entender que somos a educação informal e fazemos parte dela. Felizmente ouvi o conselho dos mais velhos e fui à escola, não somente para aprender as teorias lá ensinadas, mas para descobrir que fora dela também se aprende. A educação não- formal pode não alfabetizar o homem, mas o ensina a pensar e, sobretudo, a ser mais humano. Esses são os verdadeiros desafios da educação. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Seminários

        Após uma semana de pesquisa, estudo e preparação, o momento chegou. Nervosismo e imprevistos marcaram presença na apresentação dos seminários, mas no final tudo fluiu bem.
         Os trabalhos foram esclarecedores, conseguiram pontuar a contento os elementos principais dos temas trabalhados. Cada equipe, com suas diferentes propostas e metodologias, deram suas contribuições para a nossa contínua formação enquanto presentes e futuros educadores. 
         Fazendo um sucinto comentário de cada apresentação, destaco que o processo educativo, assim como nossos objetivos pessoais, necessita de organização e planejamento para que os resultados almejados sejam alcançados. Nesse sentido, o grupo expositor do tema Diretrizes Curriculares deixou seu legado afirmando que segundo esses princípios que regem a educação, é preciso desenvolver e articular práticas pedagógicas afim de otimizar o nível e a qualidade dos ensinamentos transmitidos, bem como estimular o lúdico nesse contexto.

Apresentação do Grupo 1


Apresentação do Grupo 1

Ainda comentando dos conhecimentos agregados, o grupo que apresentou o tema habilidades e competências  também somou informações nessa troca de saberes. Conforme o exposto pela equipe, habilidade é tudo aquilo que somos capazes de aprender, enquanto competência é a aplicação das habilidades na resolução de problemas. Portanto, habilidades e competências constituem uma dicotomia, pois são indivisíveis. 
Apresentação do Grupo 2

Apresentação do Grupo 2
Na sequência das apresentações, os grupos  3 e 4 falaram sobre Diversidade Cultural e Leis de Diretrizes e Bases respectivamente. Ambos deram suas contribuições na proposta de somar conhecimentos. Os temas possuem significativa relevância, pois além de tratarem  das leis que regem a educação brasileira, abrangeu também a diversidade cultural que é de suma importância no âmbito escolar, por lidar com realidades culturais e comportamentais distintas. 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Seminário: o ofício dos universitários

Tenho motivos de sobra para estar felicíssimo. Além da excelente notícia da semana passada, hoje completo mais um ano de vida - na verdade já se passaram alguns dias do meu aniversário até hoje, momento da socialização do diário- , e não há nada melhor nesse momento que poder olhar para trás e ver o quanto evoluí, o quanto mudei meu pensar, meu agir e meu viver. Os abraços dos colegas da turma me fizeram sentir confortável nesse dia tão especial. Como presente, um seminário para estudar, discutir, planejar.

Como dizia vovó, mente vazia é oficina do diabo. Então pusemos tico e teco pra funcionar nessa quente quarta-feira. Vejam:

Essa imagem, capturada pelo meu samsung companheiro de todas as horas, é a prova do crime. Nela estamos todos compenetrados, com ouvidos atentos para as propostas do trabalho. Necinilton com um ar de Dr. , Jackson se sentindo o Will Smith, escondendo-se atrás do inseparável boné, Magda com cara de poucos amigos, Jeane fazendo a Beyoncé do nordeste e eu, é claro, me sentindo o jornalista freelancer. 
Que diversidade de comportamentos, não?! Pois é, além de ser uma expressão particular nesse momento, é também  o motivo pelo qual permanecemos sentados nessas cadeiras cor de abóbora madura por algumas horas para discutir o que é diversidade a partir das concepções de cada um de nós. O resultado? Confiram a apresentação do seminário, caso queiram saber. Hahahahaha. 

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Que sonhos se REALIZEM ! (yn)



        É o sonho que sonho antes mesmo de por a cabeça no travesseiro para descansar, é o que quero conquistar. É muito mais que uma paixão de carnaval, é um amor avassalador que me faz continuar a buscá-lo, a tentar realizar independente dos nãos que eu levei ou que levarei. É esse desejo que me move, que me faz lutar para alcançar. 

Ausência na aula para realização do vestibular da UFS

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aprender, conhecer, VIVER

           Tudo na vida é aprendido. Desde a mais tenra idade, o aprendizado é fundamental para que tenhamos êxito na longa caminhada da vida. Aprendemos a ser, a conviver, a  fazer, a conhecer. Esses saberes são os "materiais" fundamentais para a construção de pilares sólidos e resistentes que sustentem o caráter e os valores morais de quem quer que seja. São eles o concreto forte que dão suporte a educação. 
        No bate-papo de hoje, enquanto alguns grupos apresentavam seus trabalhos, me pus a fazer inacabáveis reflexões e associações acerca do que era dito com algumas experiências pessoais . Em especial, o grupo que com maestria apresentou o pilar " Aprender a Conviver" , me fez atentar ainda mais ao que era dito. No momento da apresentação, lembrava-me dos 3 anos que morei em regime de internato. Nesse momento, me veio à mente algumas lembranças do meu primeiro dia de confinamento. Lembro-me que naquele dia 25 de fevereiro de 2008, um dia nublado, minha mãe e meu irmão menor foram à minha despedir. Eu sentia um misto de alegria por estar dando os meus primeiros passos longe de casa, de tristeza por saber que não estaria perto da minha família quando a saudade e as dificuldades apertassem e medo por não saber o que estava por vir. Recordo-me que no momento que os diretores sorteavam o número dos dormitórios, ao meu lado tinha um rapaz que aparentava ter aproximadamente 22 anos, alto, forte, cheio de tatuagens pelo corpo, com uma carteira de cigarro na mão e mais ou menos umas 500 na bolsa. Acho que foi o momento que mais estive contrito com Deus, pedindo-lhe que aquele rapaz não fosse meu companheiro de dormitório. Não sei por que mas automaticamente  uma figura negativa do rapaz se formou em minha mente. Mas como isso era possível se eu nem o conhecia? O preconceito foi maior e acabei julgando o livro pela capa. Por um momento achei que Deus não estava de bem comigo naquele dia. A voz estridente do diretor quando gritou o nome do rapaz e o número do dormitório 4 - o mesmo que o meu - soou como uma bomba explodindo próximo aos meus ouvidos. Naquele momento eu começaria aprender a viver junto, a respeitar, a conhecer, a ser. Com o passar do tempo, e a medida que eu o conhecia melhor,  o preconceito gratuito que eu tive a respeito do rapaz no primeiro dia de confinamento foi se desfazendo, consegui enxergar o que ele trazia de bom consigo independente das suas ações ou do seu jeito de se portar. Imaginei que assim como ele era estranho para mim, eu poderia ser estranho para alguém. Ao longo daqueles 3 anos, o convívio com as diversidades me fez (re)pensar acerca dos meus (pre)conceitos e a buscar naquele rapaz outrora estranho, e em muitas outras pessoas que não agiam da mesma forma que eu, o que cada um trazia de bom consigo, qual a lição que cada um deles poderia me ofertar. 
              Eu sequer sabia da existência de 4 pilares da educação, mas mesmo sem que eu soubesse, eles foram a base do sucesso de 3 anos de convivência harmônica, pacífica e de respeito mútuo. Na aula de hoje consegui entender o que naquele momento me fez parar e pensar em mudar minha forma de olhar. 
              Que sejamos instrumentos de propagação do  aprender a Ser, a conviver , a fazer e a conhecer. Que nossas ações estejam pautadas em cada um desses pilares e que assim como eu tive a oportunidade de aprendê-los a partir das minhas experiências, muitos outros tenham o mesmo privilégio. Através desses pilares chegaremos a verdadeira educação.